A bicicleta, em si, acaba por ser a soma de todos os componentes que te permitem pedalar. Neste caso, apenas vou falar de bicicleta de estrada, o tipo de ciclismo pelo qual me apaixonei, quer pela facilidade em fazer longas distâncias, quer pela evolução que te permite adquirir.
Podemos dividir as bicicletas de estrada em dois grandes grupos: (mais) trepadoras e (mais) aeros, se bem que, ultimamente tem havido uma junção entre as duas. As primeiras, como o próprio nome indica, têm características que te vão fazer subir mais rápido, mas perder em relação às aeros em terrenos planos ou abaixo de 7 por cento de inclinação. O quadro é mais leve e com linhas mais “clássicas”, com uma geometria própria. A aero, acaba por ser mais rápida, mais nervosa e mais incisiva, beneficiando de tubos mais estreitos e “limpos” que reduzem o atrito e melhoram o coeficiente de aerodinâmica.
Para mim, a “trepadora” é a minha bicicleta de eleição, porque permite fazer terrenos mistos, mas sempre com muito desnível positivo. Acaba por ser o “pau para toda a obra”.
Mais importante, acaba por ser o gosto pessoal. Devemos escolher uma bicicleta, independentemente da marca, da qual gostamos, porque isso vai fazer toda a diferença na relação “íntima” que vamos ter com a nossa “bike”. Depois é uma questão de visual e de carteira. Quanto mais leve for, mais vai custar. E aqui convém encontrar um termo de equilíbrio. Nem sempre precisamos de ter o melhor, porque nem sempre o melhor ou mais caro é mais eficiente para nós, para a utilização que lhe vamos dar.
Escolhido o tipo, a marca e o modelo de bicicleta, o tamanho do quadro, adequado à nossa estatura, é o mais importante para a tua evolução: há muitos pormenores no tamanho da bicicleta que a tua loja te vai ajudar, nomeadamente o avanço e o guiador, e como tirar as medidas do teu corpo.
Para o meu peso e estatura, uso uma Cervelo R5, caracteristicamente trepadora, dotada de umas rodas leves e componentes Enve e Shimano Dura-Ace, pesando, com as rodas mais leves, 6.4 kg.
Ivo Almeida
No ciclismo de estrada encontrei prazer, diversão e sofrimento, no mesmo desporto. Isso apaixona-me.