2022-08-22
Por se tratar de uma modalidade desportiva onde os treinos e provas apresentam longas durações e percursos de variados graus de dificuldade e intensidade, o ciclismo é considerado um desporto de grande exigência física e nutricional. O desgaste energético, vitamínico e de hidratação é muito elevado, sendo a nutrição e a suplementação duas enormes aliadas.
Os treinos são distribuídos entre exercícios de força e treinos longos (endurance) com velocidade controlada. Mesmo para os ciclistas amadores os volumes de treino podem chegar a mais de 300km semanais.
No que diz respeito à nutrição, o desempenho em provas e treinos depende de uma hidratação adequada e ingestão correta de hidratos de carbono, proteínas, e gorduras boas, além da suplementação de acordo com a necessidade.
De uma coisa é certa, sendo o ciclismo uma das modalidades mais duras e exigentes, a alimentação adequada do ciclista potencializa o resultado sobre duas rodas. Porém, a rotina muitas vezes apresenta algumas dificuldades para manter a dieta. Por esse motivo, muitos atletas recorrem ao uso de suplementação desportiva, para equilibrar o consumo de vitaminas, nutrientes e proteínas.
Neste ponto é onde uma boa suplementação desportiva pode ajudar a completar as carências nutritivas que pode ter qualquer ciclista, incorporando na sua dieta diária, durante o treino ou na realização das provas desportivas.
Como é normal, todas as pessoas, são diferentes, logo cada atleta é um atleta e cada ciclista é um ciclista. Deste modo as necessidades nutricionais de cada ciclista variam e são diferentes de atleta para atleta, nunca esquecendo que estas necessidades ainda podem ser afectadas por factores externos, tais como factores ambientais ( calor ou frio ), distância, ritmo, etc. No entanto num ciclista de 70kg, em prova ou treino de intensidade média/alta, as suas necessidades nutricionais podem chegar facilmente às 600/800 kcal/h.
Tendo em conta todas estas especificidades, o mais indicado será cada ciclista ter o acompanhamento dum Nutricionista, para que lhe seja elaborado um plano nutricional, tendo em conta todas as necessidades e exigências do seu organismo e da sua actividade física.
No entanto, ficam algumas informações sobre os suplementos alimentares mais comuns, utilizados por ciclistas:
Magnésio
O magnésio trata-se de um mineral essencial, implicado em numerosas funções fisiológicas dentro do nosso organismo e cujo deficit costuma ser bastante habitual em desportistas de rendimento, acentuando por uma dieta não equilibrada ou com carências.
Vitamina C
A vitamina C contribui para redução do cansaço e da fadiga e contribui também para o normal metabolismo produtor de energia.
Complexo Multivitamínico
Durante um treino de alta intensidade, algo muito frequente no exigente mundo do ciclismo, os músculos vão recebendo cada vez menos oxigénio, alterando as reacções químicas que se tornam incompletas.
O nosso corpo responde a esta alteração com uma oxidação mais elevada do que é habitual, o que provoca a aparição de radicais livres nocivos para nossas células.
O modo de lutar contra estes agressores é através dos complexos multivitamínicos, que actuam como medida de prevenção contra os electrones encarregados do envelhecimento celular e em muitas ocasiões de danos irreparáveis.
Probióticos
Estes suplementos são ideais para regular algumas das funções do organismo, principalmente a flora intestinal. Com eles a digestão será mais leve e rápida, diminuindo a possibilidade de problemas intestinais durante as pedaladas.
L-Glutamina
A glutamina é o aminoácido em maior quantidade nos nossos músculos e a sua função é a de proteger o sistema imunitário, por este motivo está considerado como parte da suplementação essencial para a recuperação pós treino ou pós competição.
BCAAs (Aminoácidos de cadeia ramificada)
Os aminoácidos de cadeia ramificada, além de ser um aminoácido essencial (o corpo não os sintetiza por si mesmo) são uma tripla conjunção de leucina, isoleucina e valina, e são os aminoácidos fundamentais na hora de regenerar e recompor as micro-fibras musculares danificadas durante o exercício.
E ainda, a toma de aminoácidos ramificados vai ajudar-nos a combater a dor de pernas após um intenso treino, diminuindo notavelmente a dor que sofremos e facilitando em grande medida os treinos posteriores.
Bebidas isotónicas
Estas, são talvez uma das mais recorridas pelos ciclistas. Compostas por água, hidratos de carbono e eletrólitos, como sódio, auxiliam também na recuperação de sais minerais perdidos através do suor.
Dr. Pedro Correia - MGF/Medicina Desportiva
Nutriprev - Suplementação Funcional
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Ivo Almeida
No ciclismo de estrada encontrei prazer, diversão e sofrimento, no mesmo desporto. Isso apaixona-me.